Páginas

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Mudar

Mudar de alimentação, mudar a forma como olhamos para nós, para o nosso corpo e para a nossa saúde, mudar a forma como olhamos para os alimentos e perspectivamos a nossa alimentação.
Mudar.
Mudar, às vezes, não só é preciso como é a única coisa que podemos fazer, para nos reconciliam se com o nosso corpo e voltarmos a gostar de nós.
Muitas vezes, demasiadas vezes,  a comida serve como contrapeso das emoções. Comemos para comemorar, comemos para esquecer, comemos porque estamos ansiosos e precisamos de preencher aquele buraco enorme que nos invade o peito e nos provoca angústia. Sem nos apercebermos vamos, ao longo dos anos, atribuindo muito mais valores à comida do que aquele que ela tem: ser o nosso combustível, aquilo que alimenta o nosso corpo e nos permite viver. Só que, não obstante todos os outros valores que lhe atribuímos, ela é mesmo só isso, o nosso combustível. Não é nem deve ser a nossa fonte de prazer nem de compensação. E, tal como não colocamos gasóleo num carro a gasolina, não devemos comer um pacote de bolachas, quando aquilo que precisamos é peixe, legumes, fruta, aveia, e outros alimentos saudáveis e funcionais. Não, por muito que queiramos achar que sim, nós não precisamos de bolos com creme, mesmo quando o nosso açúcar no sangue está baixo. Nessas alturas podemos e devemos comer alimentos de absorção lenta, para estabilizar o açúcar. Claro que podemos comer coisas doces: mel, fruta, adoçantes naturais, gelados e sorvetes caseiros, muffins saudáveis, granola, etc.
Mas, para percebermos isto, e conseguirmos de facto praticá-lo, temos de mudar. Mudar a cabeça e, depois, a forma como olhamos e nos relacionamos com os alimentos.
Muitas pessoas pedem-me conselhos, contactos de nutricionistas, e eu não me importo de ajudar, nem de descrever a minha alimentação, mas o melhor que posso partilhar é mesmo isto, a necessidade de mudar, para as coisas começarem a acontecer e não ser como todas as outras vezes, em que até se emagreceu, mas, como não se adquiriram hábitos saudáveis, se voltou a recuperar tudo.
Muitas vezes ouvimos falar em força de vontade. Eu acredito e defendo mais a vontade de nos sentirmos bem connosco e o acreditarmos que é possível. Desta forma a força de vontade vai aparecer.
Não é um caminho sempre fácil, há dias complicados, existem tentações às quais de vez em quando vamos ceder mas, se realmente conseguirmos mudar a nossa cabeça na direcção necessária, vai ser um caminho possível de percorrer e muito gratificante.

6 comentários:

  1. Mudar... Mas por vezes é tão difícil!!! Admiro muito quem consegue!!!
    Parabéns Teresa!!! E o texto, muito bom!!!
    Beijinho

    ResponderEliminar
  2. A cabeça é o combustível, diria. O maior. O único.
    És uma inspiração. Continua ;)

    ResponderEliminar
  3. esta mudança devia ser devagarinho embutida em toda a sociedade começando na escola. muitas vezes "ensinaram-nos" a ser assim. e os miúdos de hoje já deviam estar a ser educados de outra maneira. infelizmente ainda vai demorar,
    ***

    ResponderEliminar
  4. Olá Teresa,

    Sei que não faz ideia que sou uma seguidora, mas aqui estou eu a dar-me a conhecer, e logo com um desafio !

    http://eatpraylovethefooddiary.wordpress.com/2014/09/17/desafio-tag-5-perguntas/

    Não fico nada chateada se não quiseres participar, claro! Mas aproveito para dar um olá e dizer que és uma inspiração :)

    Beijinhos e força!

    ResponderEliminar
  5. Tenho muito ouvido falar em alimentação intuitiva "intuitive eeting " e eles, os investigadores nutricionistas que lhe deram o nome dizem precisamente não ás dietas e restrições alimentares, que acabam sempre em distúrbios como o da compulsão ou bulimia e sim a uma alimentação variada saudável e prazerosa, muito importante ter prazer no que se come!! Mas eles vão mais longe e o que achei muito muito interessante mesmo é que se reaprende a estar conectado com o corpo e as suas reais necessidades....apraprender a saber identificar a fome a saciedade, a sede, o que o corpo pede que tipo de alimentos pede e quando, sem termos que nos sujeitar a horários forçados.....eu estou a adorar esta dedescoberta, parece que de repente tudo o que encontro sobre isto vem reforçar....como o teu blogue que acho excelente, principalmente a parte das deliciosas receitas....obrigada mesmo!! <3
    Analu

    ResponderEliminar
  6. Tenho muito ouvido falar em alimentação intuitiva "intuitive eeting " e eles, os investigadores nutricionistas que lhe deram o nome dizem precisamente não ás dietas e restrições alimentares, que acabam sempre em distúrbios como o da compulsão ou bulimia e sim a uma alimentação variada saudável e prazerosa, muito importante ter prazer no que se come!! Mas eles vão mais longe e o que achei muito muito interessante mesmo é que se reaprende a estar conectado com o corpo e as suas reais necessidades....apraprender a saber identificar a fome a saciedade, a sede, o que o corpo pede que tipo de alimentos pede e quando, sem termos que nos sujeitar a horários forçados.....eu estou a adorar esta dedescoberta, parece que de repente tudo o que encontro sobre isto vem reforçar....como o teu blogue que acho excelente, principalmente a parte das deliciosas receitas....obrigada mesmo!! <3
    Analu

    ResponderEliminar